Estou tão fulo, tão fulo, que estou quase capaz de dar um tiro em alguém. Então não é que algo que nem ao diabo lembrava, aconteceu.
Logo agora, naquela que seria a 30ª edição desta mítica prova e alegadamente por uma questão de segurança, foi cancelada ontem a edição deste ano do Lisboa-Dakar que detinha um número recorde de equipas nacionais (30) e também de diferentes nacionalidades de participantes (50) e numa altura em que em Lisboa todos se preparavam para iniciar a primeira etapa que teria ínicio hoje junto ao Mosteiro dos Jerónimos e terminaria na bela cidade de Portimão. O assassinato recente de 4 turistas franceses na Mauritânia e ameaças de ataques terroristas por parte de Al-Quaeda levaram a esta decisão por parte da organização francesa desta famosa prova internacional.
Já não vamos poder assistir à "guerra" entre a Mitsubishi e a Volkswagen nos carros e mais importante ainda, às prestações dos participantes nacionais, principalmente de todos aqueles que este ano, mais uma vez, tinham sérias pretensões legítimas de no final, em Dakar, conseguirem um lugar no pódium.
Dakar
Capital fundada em 1862 pelos franceses e maior cidade do Senegal, situada na costa de África Ocidental com cerca 2,5 milhões de habitantes e famosa por ser o local onde habitualmente termina esta prova. É também uma cidade turística com um grande porto marítimo e um Aeroporto Internacional. Transformou-se numa cidade com uma mescla de culturas, onde as várias etnias que vivem no Senegal, se cruzam com os costumes europeus dos turistas e homens de negócios. Os principais pontos de interesse na cidade são o Palácio Presidencial, a Câmara de Comércio, a Catedral, a Grande Mesquita.
Está prestes a iniciar-se mais uma edição do Lisboa-Dakar que pela 2ª vez terá Lisboa como cidade de partida. Ao contrário dos últimos anos, o Lisboa-Dakar só se vai iniciar depois da passagem de ano, e a primeira etapa vai apenas realizar-se a 6 de Janeiro. A prova irá percorrer seis países e termina a 20 de Janeiro em Dakar. Nesta 29ª edição irá contar com 40 participantes nacionais (distribuídos por 15 automóveis, 9 motos, 2 quads e dois camiões). Esperemos que o azar das senhoras do Hummer H2 na imagem (haverá pelo menos um Hummer a participar nesta prova-modelo H3), não aflijam muito os portugueses inscritos na prova.
HUMMER
Os Hummer criaram uma grande reputação como os veículos militares mais comuns da infantaria americana nos conflitos no Médio Oriente e Afeganistão. A sua história começa em 1997, quando o exército dos EUA lançou o concurso para um Veículo Multifunções de Alta Mobilidade. Nasceu assim o Hummer militar. Mas as suas desmesuradas dimensões, aliadas às capacidades para evoluir em qualquer tipo de terreno, atrairam o interesse de uma clientela endinheirada, ávida de algo diferente e disposta a pagar o que quer que fosse. Para esses, a AM General, que criou o Hummer, desenvolveu uma versão civil que, mantendo o mesmo radicalismo, era mais compatível com uma utilização "normal", apesar de continuar a ser um veículo fora de escala. Por isso, já com a participação da General Motors (GM), que entretanto adquiriu a Hummer, surgiu em 2003 o H2, um todo-o-terreno mais razoável, apesar de continuar a ser enorme, e cujo design, sem fugir à linha inicial do H1, denotou alguns cuidados que nunca foram considerados por quem projectou o veículo militar que lhe deu origem. Daí ao H3 foi um passo natural de uma marca que procura o seu espaço no mercado. O novo Hummer H3, que está agora a ser lançado no mercado europeu, visa competir no segmento dos todo-o-terreno de luxo, e se as suas linhas continuam a ser radicais, o volume da carroçaria passou a estar na escala humana, apesar dos seus 4,74 metros de comprimento, 1,89 metros de largura e 1,90 metros de altura.
Descanse o rato, sobre a imagem.